“A
Base Nacional Comum é a base sobre a qual podemos construir uma mudança
significativa na educação”, disse o ministro da Educação, Renato Janine
Ribeiro, durante a apresentação do documento de referência para
discussão da base nacional curricular da educação básica, na
quarta-feira, 16, em Brasília. O documento foi elaborado por 116
especialistas, divididos em comissões temáticas por disciplina ou série e
reúne as referências sobre direitos e objetivos de aprendizagem
relacionados às áreas do conhecimento e seus respectivos componentes
curriculares para todas as etapas da educação básica.
A Base Nacional Comum (BNC) é
constituída pelos conhecimentos fundamentais aos quais todos os
estudantes brasileiros devem ter acesso em todas as escolas do país. Uma
parte será comum a todas as escolas; outra, regionalizada, deve ser
construída em diálogo com a primeira e de acordo com a realidade de cada
escola, em atenção não apenas à cultura local, mas a escolhas de cada
sistema educacional sobre as experiências e conhecimentos a serem
oferecidos aos estudantes ao longo do processo de escolarização.
Para o presidente do Conselho Nacional
de Secretários de Educação (Consed) esecretário de Educação de Santa
Catarina,Eduardo Deschamps, o “avanço do Brasil na educação se dará
naturalmente a partir da definição do que é essencial ser ensinado e
aprendido, permitindo mais equidade entre as regiões e o acompanhamento
por parte dos pais em relação ao que seu filho deve aprender.A Base
Nacional Comum écomo o esqueleto do corpo humano, o que vai deixá-lo de
pé. O que compõe esse corpo vem depois", aponta Deschamps.
O
documento está disponível para consulta pública e as contribuições
podem ser enviadas a partir do dia 25 de setembro até 15 de dezembro. As
ideias são enviadas de forma individual, por meio das redes, que
sistematizam discussões e propostas de professores, comunidade e demais
profissionais da educação e a partir de organizações como instituições
de educação superior e grupos da sociedade civil.
A Base Nacional Comum Curricular está
prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) para 2014-2023, aprovado em
2014, por unanimidade, pelo Congresso Nacional e sancionado sem vetos
(Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014) pela presidenta da República,
Dilma Rousseff.
Etapas — Na educação
infantil, os objetivos de aprendizagem são apresentados a partir das
quatro áreas do conhecimento, tendo como referência campos de
experiências que potencializam as relações das crianças com múltiplas
linguagens e conhecimentos. A integração entre a etapa da educação
infantil e a do ensino fundamental é estabelecida pelo modo como as
experiências propostas na primeira etapa se desdobram e se articulam com
as propostas de cada componente curricular nos anos iniciais da
segunda.
Para o ensino fundamental e para o
ensino médio, os objetivos de aprendizagem dos diferentes componentes
curriculares são apresentados ano a ano, de forma a oferecer uma
orientação mais precisa aos sistemas de ensino, escolas e professores
com relação à progressão desses objetivos ao longo do processo de
escolarização. Tal orientação não dever ser entendida, entretanto, como
uma prescrição da progressão. Importa muito mais observar o alcance do
conjunto de objetivos nos anos que demarcam a transição entre as
diferentes etapas — da educação infantil ao ensino fundamental, dos anos
iniciais aos anos finais, e até o ensino médio e a conclusão deste.
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